TOUREIO A CAVALO E AS CORTESIAS
Portugal
é o último reduto do toureio clássico a cavalo e muitos foram os cavaleiros
portugueses que ao longo dos séculos, com extraordinário valor, enfrentaram
toiros. Famílias, de dinastias toureiras, marcaram na nossa tauromaquia nomes
que ficarão sempre ligados à tauromaquia portuguesa: Casimiros, Barahonas,
Mascarenhas, Veigas, Núncios, Salgueiros, Telles, etc.
Um dos primeiros cavaleiros a profissionalizar-se terá
sido José Casimiro Monteiro – cerca do ano de 1875 – mas é no final do séc. XIX
que o moderno toureio a cavalo começa a notabilizar-se com Alfredo Tinoco da
Silva, Alfredo Marreca, José Bento d’Araujo, Victorino Froes, Fernando
Oliveira, etc.
A maior exigência desses tempos era que os cavaleiros se
apresentassem aprumados nas selas, dominadores dos cavalos, mandando mais com
as pernas do que com as rédeas. O perfeito conhecimento da equitação era
condicionante para quem desejava tourear a cavalo e os aficionados apreciavam
muito as cortesias para verificarem como os cavaleiros desempenhavam os
“quartos”, ladeavam e recuavam.
Em algumas corridas de 1948 e também em 1951 e 1952 na
Praça de Santarém durante as cortesias os cavaleiros não realizaram os
“quartos”, o que não agradou ao público e motivou enormes protestos na Praça e
motivos dos críticos nas suas crónicas nos jornais.
Porque em Portugal as cortesias devem ser à portuguesa!
Manuel Peralta Godinho e Cunha
FONTE:
https://godinhoecunha.blogs.sapo.pt/tag/corrida+de+toiros
Texto cedido pelo excelente blogue PARTEBILHAS.
Agradeço a Manuel Peralta Godinho e Cunha a partilha deste texto por ele publicado em 15.11.17.