TEMPORADA TAUROMACHICA NO COLYSEU PARAENSE - BELÉM, PARÁ : «Migrantes galegos e práticas culturais em Belém ( XIX/XX.)» - Maria de Nazaré Sarges, Professora da Faculdade de História/Universidade Federal do Pará

 


O cavaleiro José Bento de Araújo no Brasil.
Revista «DON QUIXOTE», Rio de Janeiro

        No final do século XIX e início do XX, as cidades amazônicas em decorrência da economia gomífera vivenciaram um intenso processo de urbanização dos seus espaços urbanos. Ao lado desse frenesi econômico, social e cultural, as cidades do norte do Brasil, em especial Belém do Pará, receberam um expressivo contingente de imigrantes ibéricos. Os “galegos” chegavam sob o forte apelo da propaganda imigrantista do governo paraense e, na cidade exerceram várias atividades desenvolvendo estratégias de adaptação à nova terra, como as touradas que se tornaram concorridas nas tardes de domingo no Colyseu Paraense.

TEMPORADA TAUROMACHICA NO COLYSEU PARAENSE: 

migrantes galegos e práticas culturais em Belém ( XIX/XX.)

AUTORA

Maria de Nazaré Sarges, Professora da Faculdade de História/Universidade Federal do Pará

TOURADA

Foi magnífica a corrida de domingo.

Touros bons e lidados com perícia.

O cavaleiro foi Antonio Marques de Carvalho [...]

O público aplaudindo-o rasgadamente [...] fez-lhe simplesmente justiça.

Numa segunda-feira do mês de julho do ano de 1893, o jornal Diário de Notícias estampava em uma de suas páginas a avaliação da tourada ocorrida no domingo anterior na praça de touros da cidade de Belém do Pará.

As touradas praticadas por imigrantes portugueses e espanhóis que haviam chegado à cidade de Belém no período de aceleração da economia da borracha constituem um dos exemplos do cosmopolitismo da Amazônia no mesmo período. A presença de estrangeiros na capital foi incentivada pelo Estado brasileiro. No caso paraense, esses imigrantes foram atraídos pela possibilidade de enriquecimento que a economia gomífera poderia lhes proporcionar ou pela promessa de empregos estimulada pela propaganda do governo do Pará. Lauro Sodré, então governador, alardeava que “o estrangeiro que queira viver conosco encontrará uma terra hospitaleira e um clima benigno que lhe garantirá saúde e robustez”. Esse momento concorreu para que a cidade se tornasse uma mistura de sotaques e práticas culturais trazidas do continente europeu e fosse lembrada por autores, como Dalcídio Jurandir (2004: 298), De Campos Ribeiro (2005:37) e Osvaldo Orico (1960), que registraram em suas memórias o pregoar de trabalhadores estrangeiros que circulavam cotidianamente vendendo “Ov fresco”, “Ouro quebrado” e os mais diferentes produtos que eram apregoados num sotaque peculiar de cada nacionalidade que se fazia presente nas ruas de Belém.

Nesse cenário citadino de virada de século, as camadas enriquecidas por meio da borracha, defensoras da ideologia do progresso, transformaram a cidade de Belém num verdadeiro centro de consumo de produtos importados. Consumiam-se desde uma boa literatura estrangeira até a manteiga importada da Dinamarca ou então os últimos modelos do figurino parisiense. O refinamento dessa época encontrava-se espelhado na antiga Rua dos Mercadores, atual Conselheiro João Alfredo, onde havia lojas com denominações que reforçavam o francesismo instalado na cidade, como Paris N’América, Notre Dame de Paris, Marselhesa, Petit Paris e vários outros empórios com sortimentos ao gosto e ao alcance dos enriquecidos.

Por outro lado, o espaço público era urbanizado com a abertura de largas avenidas, chamadas de boulevards. Nessa época, foi aberto o Boulevard da República, hoje, Avenida Castilho França, houve o calçamento de ruas, instalação de quiosques, de bondes, reforma de praças, arborização da cidade e tantos outros melhoramentos que deveriam espelhar a civilização na Amazônia (SARGES, 2000). Fazendo parte desse cenário, havia trabalhadores estrangeiros e nacionais oferecendo seus serviços, como guarda-livros, leiloeiro, alfaiate, e madame Gabrielle, que ao chegar de Paris, uma de suas primeiras providências foi informar ao comércio e às senhoras da sociedade que confeccionava espartilhos. Ao lado dessas ofertas de serviços, estavam os anúncios oferecendo trabalho àqueles que se enquadrassem, por exemplo, como criado de armazém, caixeiro, cozinheira, ama-de-leite.

No auge da economia gomífera, a imprensa era farta de notícias sobre os estrangeiros na cidade. Esses sujeitos, apesar da adversidade, procuraram criar estratégias de sobrevivência, vendendo quinquilharias, peixes, sorvetes, engraxando sapatos ou ainda carregando pianos das famílias burguesas; e os portugueses eram considerados os mais traquejados neste serviço.

Como exemplo de práticas e formas de lazer vivenciadas pelos galegos naquela época, havia as touradas, cujos espetáculos no Circo Colyseu eram constantemente divulgados nas gazetas de Belém. Os cavaleiros que se apresentassem neste Circo deveriam demonstrar audácia e bravura e a companhia contratante daquela temporada deveria apresentar ao público, touros bravos e música da melhor qualidade. A relevância das touradas exigiu que, em 1894, fosse criada uma empresa para a exploração da praça de touros, desse modo surgiu o Colyseu Paraense. Além do espetáculo das touradas, a praça era usada para outros espetáculos, como os cavalinhos e os bailes de máscara (DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 1894: 1).

O Colyseu Paraense, de propriedade de José Candido da Cunha Osório, entre outros acionistas, ficava à estrada Conselheiro Furtado, na Praça Batista Campos. A praça de touros oferecia aos freqüentadores variados tipos de assentos, desde os camarotes de sombra até as arquibancadas localizadas à sombra ou ao sol, variando os preços conforme a localização, desde 20$000 (vinte mil réis) até 2$000 (dois mil réis). Às vezes, o público era obrigado a voltar para casa porque a chuva, muito comum nas tardes de Belém, não permitia que houvesse a função.

Os bilhetes do circo eram vendidos no Café Chic, na Mercearia Baptista, na Mercearia Santos, no Wery-Well, no Estaminet, na Casa Bahiana, no Café Central, e nos dias de corrida, nas bilheterias do Colyseu. As touradas eram também freqüentadas por crianças as quais, se acompanhadas dos pais, até sete anos não pagavam ingresso, e por senhoras da sociedade, o que demandava bom comportamento dos freqüentadores, tanto que, algumas vezes, os jornais exigiam atenção da polícia para os palavreados “pouco decentes” que costumavam trocar alguns espectadores. Neste momento, é importante ressaltar que, na Espanha, as corridas de touro eram inicialmente espetáculos para as classes privilegiadas, no entanto, a partir do século XVIII, tornou-se um lazer com maior participação das camadas populares. Em Belém do Pará, essa diversão era freqüentada tanto pelo público popular como pelos governadores do Estado, que de vez em quando se faziam presentes nas lides domingueiras.

Os patrocinadores das corridas sempre homenageavam alguma pessoa ilustre que estivesse visitando a cidade. A corrida realizada num domingo de julho de 1899, por exemplo, foi dedicada ao escritor Coelho Netto e a de outubro de 1893, à oficialidade do navio da marinha italiana. Eles também costumavam homenagear autoridades locais e sociedades de classes, um exemplo disso foi a função ocorrida no dia 24 de março de 1895, dedicada “à briosa classe caixeral do comércio d´esse Estado”, composta em sua maioria por imigrantes portugueses. Mas também havia espetáculos de beneficência em prol do Grêmio Literário Português, da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários, da Santa Casa de Misericórdia, da Real Sociedade Portuguesa Beneficente, dentre outros; ou de toureiros, como a “festa artística”, dedicada a José Pinto ou ao bandarilheiro Cara Ancha.

Esse tipo de diversão, uma exclusividade ibérica, era objeto de debates por “críticos especializados” ou por simples freqüentadores da arena. Eles reclamavam de todos os detalhes relacionados ao espetáculo, até em relação à circulação das linhas de bondes da área que atendia o Colyseu. Esse caso foi solucionado pela Companhia Urbana por meio da criação da linha Colyseu Paraense, mas preço do bilhete foi ao dobro do convencional, gerando um protesto por parte da imprensa que considerava um desrespeito à lei e ao público das touradas (CORREIO PARAENSE, 1893:2)

As touradas geravam muitas polêmicas em relação ao transporte, às qualidades dos touros, ao desempenho dos artistas, ao comportamento dos freqüentadores e à música que fazia parte do espetáculo. Em certa ocasião, houve um abaixo-assinado veiculado em um periódico local que exigia que “a música não toque a marcha fúnebre quando quiser solenizar um par de ferros bem metidos (no animal)” e que “antes de começar as corridas não devem os intervalos exceder a dez minutos, e uma vez elas começadas a cada “sorte” devem ser tocados oito compassos (uma parte) [...]”.

A música, considerada tão própria da tauromaquia, existe desde o começo da própria arte taurina (MARCO, 2003:637) e aqui no Pará, sempre foi um problema nos espetáculos das touradas, visto que as reclamações, estampadas nos jornais, constantemente registravam:

não podemos acreditar que a Empresa convenha ter na praça uma música que para tocar um trecho qualquer, tanto antes de começar o espetáculo como no intervalo, seja necessário que uma grande parte dos espectadores bote os bofes pela boca fora bradando incessantemente: Toque a charanga! (CORREIO PARAENSE, 1896: p.2)

A exigência continuava por parte dos signatários de um outro abaixo-assinado, também publicado num periódico local, no qual exigiam que os touros fossem escolhidos por qualquer marajoara ou vaqueiro que conhecesse a fauna paraense. Eles chegavam a expressar que fosse dada a preferência a “este cargo” ao marajoara Manduca.

Os freqüentadores do Colyseu reclamavam quando a tourada era considerada um logro por culpa dos fornecedores, que não ofereciam gado bravo. Mas esses mesmos fornecedores também recebiam elogios quando colocavam touros da melhor raça, isto é, bravos. Ao presenciar uma corrida num domingo de outubro do ano de 1893, o articulista do Diário de Notícias assim afirmou: “as corridas de touros realizadas na tarde de domingo último, quanto ao curro, fornecido pelos fazendeiros Penna&Filhos, estiveram esplêndidas”. No entanto, no domingo seguinte, ele usou rispidamente a sua pena para escrever:

"Os srs. Penna&Filhos tem sido credores dos meus elogios, mas hoje são credores da minha censura". Esta crítica era uma conseqüência do fato de que o gado fornecido para a corrida em benefício do Grêmio Literário Português "não era gado para uma corrida de touros, mas sim dignos de uma charrua" ( DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 1893. p.3)

A festa dos touros evoluiu a favor do gosto e das exigências do público que assistia ao espetáculo, o que contribuiu para o surgimento de A Tourada, um jornal dedicado aos admiradores da tauromachia, de propriedade de Francisco Garrido.

O regulamento da praça de touros estabelecia que a empresa ficasse responsável pela constituição de uma fazenda (ganadeira), onde fossem criados animais especialmente para as touradas, seguindo o mesmo sistema da Europa, ou seja, o gado deveria estar sujeito á privações especiais para que apresentasse bravura indispensável. A empresa também deveria fazer  melhoramentos na praça, instalando uma cúpula de cristal para proteção da chuva, reformando o touril, construindo cocheiras para os cavalos e estábulos para os touros. Além disso, o regulamento fixou o número de vinte corridas diurnas ou noturnas para cada época tauromachica e o valor de 400$000 (quatrocentos mil réis) a ser pago ao cavaleiro, sem incluir a despesa do transporte dos artistas da Europa, ficando às vezes em 250$000 (duzentos e cinqüenta mil réis).

Os jornais da época constantemente anunciavam a presença de toureiros famosos, como Miguel Gonçalves Avillarillo, diretor de touradas da Companhia Espanhola, e Pedro Ramirez, matador de touros, ambos chegaram à capital no mês de outubro de 1895, para algumas apresentações tauromachicas, ou de amazonas, como Lola Cruz, que na função de 17 de setembro de 1893, deveria farpear o primeiro touro. Além desses, os jornais destacavam também os toureiros portugueses Antonio Marques de Carvalho, Alfredo Tinoco e José Bento de Araújo, os dois últimos eram proprietários de uma empresa tauromachica. Esses cavaleiros eram tão prestigiados na sociedade que A Província do Pará, na edição de 12 de setembro de 1900, ao noticiar a morte e o funeral do Alfredo Tinoco, informou que seus amigos colocaram à disposição daqueles que desejassem acompanhar o cortejo fúnebre, bondes, cuja saída seria do largo do Palácio.

Os noticiários também registravam outras formas de diversão dos galegos. Havia o “Casino Espanhol”, fundado em 1896, que também tinha finalidade social, haja vista que cada compatriota, ao adquirir um número de ações, pagava 50$ (cinqüenta réis) por cada papel, com o objetivo de reunir fundos necessários para obras sociais. A chamada dos membros da colônia era feita pela imprensa local e na língua-pátria, a exemplo da que foi veiculada numa gazeta local,

Casino Español

Se convoca a la colonia espanhola residente em este Estado, para una reunião que se efectuará el domingo 25 del corrente á la una y media [...]

El Presidente,

Juan Moreira Martinez.(FOLHA DO NORTE, 1900: 2)

A preocupação em manter os laços de solidariedade e, conseqüentemente, o fortalecimento da identidade, levou os galegos a criar a “Sociedade de Beneficência Espanhola”.

Essa sociedade, destinada aos enfermos, aos desvalidos ou àqueles que precisassem de auxílio para regressar à pátria, resultou em ações sociais, como a festa realizada no Teatro da Paz, noticiada pelo periódico independente El noticiero español, que contou com a apresentação da artista espanhola dona Esmeralda Cervantes. Nesta noite, a orquestra tocou o Guarany, obra do maestro Carlos Gomes, e o governador Paes de Carvalho entregou a D. Manuel Parada Corvacho, presidente do Cassino Espanhol, a significativa soma de 200$000 (duzentos mil réis).

Mesmo que os espanhóis e os portugueses estabelecessem laços de solidariedade e a afirmação de suas identidades por meio de expressões culturais, a relação conflituosa no espaço público era latente, conforme registrou uma denúncia publicada no jornal A República (1896) contra o “Restaurante Espanhol”, situado no largo de Sant´Anna, que hospedava as horizontaes, mulheres que ofendiam a moral pública com seu comportamento desregrado. Para a Amazônia ou outro local do país, a prostituição era uma das conseqüências da chegada de imigrantes estrangeiros.

Outros casos estampados nas páginas da imprensa local ou nas folhas de registros policiais refletem as tensões sociais da época, fosse entre nacionais e estrangeiros ou entre os próprios estrangeiros, como o caso em que um português deixou com sua esposa muitos objetos seus para que a mesma os levasse quando fosse se mudar. Porém, a mulher leiloou todos os objetos, com a ajuda de José Pereira, também português e agente de leilões (AUTOS, 1900)

Houve o caso do espanhol Jose Garcez, cuja profissão era calceteiro, que por acreditar que o mundo estava no final, “meteu na algibeira todo o dinheiro que possuía e caiu no mundo”, isto é, passou a bebericar em todos os botequins, criando confusões e promovendo agressões. Este terminou os seus atos de valentia no xadrez.

Na crônica das ruas, há o caso de três amigos espanhóis que, juntos, resolveram jantar. Foram todos para um “frege”, onde se regalaram com muito bom caldo à portuguesa, iscas de fígado, dobradinha com arroz e rim no espeto, acompanhados de excelentes nacos de toucinho, tudo regado a “quartilhos do verde” (vinho). Depois de bem alimentados e “encharcados”, travaram uma longa discussão, o que resultou em nariz contundido, escoriações no queixo e dedo torcido, terminando o jantar dos amigos espanhóis numa rápida temporada no xadrez.

Além dos casos que envolviam brigas entre os patrícios galegos, também era muito comum encontrar rixas entre nacionais e estrangeiros. Duas lavadeiras, sendo uma cearense e a outra espanhola, ao disputarem um coarador (onde se coaravam roupas), que ficava em frente a um cortiço à estrada de São Jerônimo, terminaram recolhidas no xadrez.

Os jornais noticiavam rixas que faziam parte do cotidiano de Belém, algumas podem até ser consideradas engraçadas se não representassem trabalho para a polícia. Como exemplo, há o caso que envolveu o espanhol Cypriano Alonso e o nacional João Gomes Santos, tendo como protagonista uma cabra. A filha de João Gomes contou ao Capitão Gil que o espanhol Alonso vendeu uma cabra a seu pai, contudo o animal voltou para a casa do vendedor, que tornou a vendê-la a outra pessoa. Ao passar pela estrada de São José, a queixosa reconheceu o animal e tratou de registrar sua denuncia.

Essas são algumas dentre as várias histórias que permearam o cotidiano de uma cidade que vivia um processo de modernização propiciado pela valorização da borracha no comércio internacional e que, no rastro do boom gomífero, incentivou a vinda de europeus por acreditar que esses indivíduos, vindos do outro lado do Atlântico, eram os verdadeiros agentes da civilização. No entanto, esses novos habitantes, ao lado desse verniz civilizatório, ao longo do tempo, passaram a incomodar a administração local que não conseguia resolver o problema do inchamento populacional da capital paraense.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE CAMPOS RIBEIRO, José Sampaio. Gostosa Belém de Outrora. Belém: SECULT, 2005.

DALCÍDIO JURANDIR. Belém do Grão-Pará. Belém: EDUFPA; Rio de Janeiro: Casa Rui Barbosa, 2004.

ORICO, Osvaldo. Da Forja à Academia. Rio de Janeiro: José Olympio ed., 1960.

SARGES, Maria de Nazaré, Belém: Riquezas produzindo a belle époque (1870-1912), 1. ed., Belém: Paka-Tatu, 2000.

TOMÁS MARCO. De la música como tauromaquia. In: GONZÁLEZ, Antonio García-Baquero (org.). Fiestas de Toros Y Sociedad. Sevilla: Universidad de Sevilla, 2003.

FONTES

Autos Crimes, 1900.- Centro de Memória da Amazônia/UFPA.

A República, Belém, 1896.

Folha do Norte, Belém, 22 de março de 1900, p. 2.

Diário de Notícias, Belém, 12 de fevereiro de 1893, p.3.

________________, Belém, 28 de dezembro de 1894. p. 1.

Correio Paraense, Belém, 13 de maio de 1893, p. 2.

________________, Belém, 16 de maio de 1896, p. 2.

A Província do Pará, Belém, 12 de setembro de 1900, p. 1