9 DE AGOSTO DE 1896 – RIO DE JANEIRO: A SEGUNDA CORRIDA DA TEMPORADA CARIOCA CONTOU APENAS COM A PRESENÇA DE UM CAVALEIRO – O GRANDE ALFREDO TINOCO


 

Biblioteca nacional do Brasil

SPORT

TOURADA

Outra enchente á cunha, hontem na praça do Boulevard. Nem é para estranhar que tal acontecesse, á vista do exito da primeira corrida e de estar annunciada a estréa do cavalleiro Tinoco.

Antes de começar a corrida deram-se dous inciddentes que de algum modo excitaram o publico. Em uma das trincheiras appareceu um lacráo e tal foi o medo desse terrivel animal, que provocou uma grande agitação até ser morto. D’ahi a pouco appareceu fumo em outro ponto da trincheira. Grande alarma e grande susto.

Um forcado foi ao local e arrancou uma taboa que estava ardendo. Entretanto já havia pessoas dos camarotes que se preparavam para sahir, como se fosse possivel haver incendio na praça, sem que todos tivesssem tempo e muito tempo de se libertar tranquillamente do perigo.

Serenados os espiritos, começou a corrida e appareceu na arena, para as cortezias do costume, o cavalleiro Tinoco, com todo o cortejo da lide.

Feitos os cumprimentos, durante os quaes o jovem cavalleiro foi enthusiasticamente saudado, começou o combate.

O primeiro touro sahiu bom, mas um pouco conhecedor do officiio. Logo á sahida da jaula Tinoco metteu-lhe a preceito uma farpa.

E depois, sem grandes solicitações, outra, e mais outra, e mais outra. O bicho estava excitado e arremettia para o cavalleiro. Era um animal que o ferro não conseguia desviar do seu impeto.

Tinoco, por duas vezes, com grande audacia e quiçá com bastante confiança no cavallo, metteu-lhe dois ferros curtos.

O espada Colon fez então alguns passes de capote e uma navarra com bastante limpeza.

Por duas vezes o corpo de forcados avançou para o touro, e por duas vezes elle sacudiu os que tentaram pegal-o. Afinal, o Cara Linda cahiu-lhe entre os chifres, segurando-se com grande energia, o que lhe valeu uma ovação.

O segundo touro, nacional, sahiu com alguma bravura, mas difficilmente se prestou. Os bandarilheiros Gonçalves e Hermano puzeram-lhe alguns ferros, uns regularmente, outros mal postos.

O terceiro touro Colon esperou á gaiola e fez o salto de cima de uma mesa.

O animal era vivo e pulou a trincheira falsa. Depois o mesmo artista metteu irregularmente alguns ferros e, fazendo em seguida alguns passes de muletas, tentou a morte simulada, falhando-lhe inteiramente o golpe.

Tocou o signal de pegar á unha e dous forcados foram derrubados. Foi ainda o Cara Linda quem segurou o bicho com grande valentia.

O quarto não ddeu para nada e foi substituido por outro que para pouco deu. Apenas levou alguns ferros sem arte, e passado á capa foi pegado, não de cara, mas a má cara, quando estava philosophando.

O quinto levou alguns ferros dos bandarilheiros, postos muito ao acaso.

O sexto touro era um animal formosissimo e bravissimo, leal e puro. Tinoco aproveitou-o galhardamente, desde a sorte da garrota até ao final, com farpas e ferros curtos, o que era tanto mais arriscado, quanto o animal, desprezando os ferros, seguia o cavallo com insistencia. Ahi notámos a deficiencia da lide da arena.

Ás vezes está ella cheia de capas que distrahem o touro, outras vezes os ccapas apparecem tardiamente para fazer o seu officio. Como se trata de corridas a valer, com touros bravos e artistas como Tinoco e José Bento (de Araújo), é bom que haja mais cuidado n’estas cousas, para que o nosso publico, que inquestionavelmente tem predilecção por este genero de divertimento, o saiba devidamente aprreciar.

A segunda tourada foi mais completa do que a primeira, embora Colon e os artistas de pé estivessem menos felizes.

Tinoco é um cavalleiro ousado, elegante e perito. Todos os seus ferros foram postos com grande preceito.

Agora uma reclamação: ha na praça um camarote com o distico Imprensa.

Hontem estiveram alli pessoas que nada têm a ver com a Imprensa. Como se póde dar algum abuso, chamamos para o caso a attenção da empreza.

E ainda outra reclamação: ha na praça mais de sessenta camarotes. Entretanto, para esses logares só ha duas escadas. D’essas escadas, dous lances são communs aos espectadores de outros logares. Não precisamos apontar os inconvenientes quwe d’ahi resultam. Está no proprio interessse da empreza evital-os, pondo mais de uma escada directa para os camarotes. Estamos certos que ella attenderá a tão justa reclamação, sem que para isso seja officialmente intimidada.




In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro – 10 de Agosto de 1896

28 DE JUNHO DE 1891 – PARIS: GRANDE SUCESSO PARA TODOS OS ARTISTAS NA SEXTA TOURADA DA TEMPORADA


 

Bibliothèque nationale de France

Grand succès pour la sixième course de taureaux donnée dimanche aux Arènes de la rue Pergolèse.

Le Mateïto et sa cuadrilla; José Bento de Araujo, le caballero en plaza; les picadores; Le Pouly d’Aygues-Mortes et son quadrille ont, chacun pour leur part, contribué à ce succès.

Ils se sont tous montrés très brillants. Un amateur français a piqué un taureau à la mexicaine et a été également applaudi. Dimanche prochain, septième course avec une surprise que nos lecteurs apprendront cette semaine.


In LE DROIT, Paris – 1 de Julho de 1891

2 DE AGOSTO 1896 – RIO DE JANEIRO: RELATO DA PRIMEIRA CORRIDA DA TEMPORADA COM ARTISTAS ESPANHÓIS E PORTUGUESES


 
Biblioteca nacional do Brasil

SPORT

TOURADA

Que as corridas de touros constituem um divertimento da predilecção do nosso publico, prova-o mais uma vez a grande enchente que houve hontem na praça do Boulevard. Não cabia alli nem mais um alfinete, e alguns espectadores mais curiosos tiveram de subir para a coberta dos camarotes, de onde foram desalojados por uma justa intimação policial.

O aspecto da praça era de grande effeito pittoresco. As archibancadas, onde o povo se apinhava, irrequieto, ondulante e expansivo, onde a variedade de trajes punha uma nota de um variado colorido, offereciam um soberbo golpe de vista.

Quasi ás 4 horas o clarim deu o signal de começo de combate.


Appareceu então na arena, montado em soberbo animal ricamente ajaezado, o cavalleiro José Bento (de Araújo), vestido luxuosamente á Luiz XV e rodeado do cortejo de bandarilheiros, moços de forcado, andarilhos e moços trazendo pela redea os cavallos de combate.

Feitas as cortezias do estylo, nas quaes José Bento (de Araújo) se revelou logo um cavalleiro perito, e tendo-se recolhido para substituir o cavallo, foi dado o signal e veiu para a arena o primeiro touro, um dos que vieram de Portugal. A sorte de gaiola falhou, porque o animal, que sahiu com bom impeto, investiu para um capinha e desviou-se do cavallo. Mas José Bento (de Araújo) procurou-o e o animal investiu com gana, e recebeu uma porção de ferros, postos a preceito e com muita felicidade.

Uma ovação irrompeu então de todo o publico e o cavalheiro, armado de ferros curtos, citou novamente o bicho, collocando-os com grande ousadia e muita pericia.

O espada Rojas passou-o á capa e um dos forcados pegou-o valentemente de cara.

O 2º touro não deu nada. Por mais que os bandarilheiros sollicitassem, fugia d’elles, como o diabo da cruz. Foi recolhido, apenas com um ferro posto quasi á força.

O 3º touro, de Portugal, era pouco mais do que um garraio; mas vivo e bravissimo. Foi esperado á sahida por um dos bandarilheiros hespanhoes, que fez com limpeza o salto da vara. Depois foi lidado pelos bandarilheiros, offerecendo valentemente o cachaço a uma boa porção de pares de ferros bem postos.

Rojas fez alguns passes de muletas, com muita destreza, e o touro foi tambem valentemente pegado de cara pelos forcados.

O 4º touro offereceu grandes difficuldades para ser lidado. Ainda assim levou alguns ferros, e depois de alguns passes de capote, foi pegado pelos forcados.

O 5º não prestava e foi substituido por outro que se prestou a algumas sortes.



O 6º foi novamente lidado por José Bento (de Araújo). Animal claro, de muito pé, deu occasião a que o cavalleiro o enchesse de farpas grandes e ferros curtos, mettidos com grande arte e perfeição.

E assim terminou a corrrida de hontem, que foi uma brilhante promessa das que lhe vão succeder.

José Bento (de Araújo) é um picador perfeitamente conhecedor da sua arte. Defende o cavallo com inexcedivel cuidado e ao mesmo tempo aproveita do touro tudo quanto elle póde dar. Rojas é um espada habil e ousado, e todos os seus companheiros auxiliaram bem a lide da praça.

O publico retirou-se satisfeito e a empreza, parece, não o dever estar menos, por ver tão bem coroados os seus esforços.

In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro – 3 de Agosto de 1896

2 DE AGOSTO 1896 – RIO DE JANEIRO: PRIMEIRA CORRIDA DA TEMPORADA COM ARTISTAS ESPANHÓIS E PORTUGUESES


PRAÇA DE TOUROS
NO RIO DE JANEIRO

Rua Boulevard em frente á estação dos bonds de Villa Isabel

Companhia tauromachica composta de insignes toureiros portuguezes e hespanhoes, sob a direcção dos eminentes e primeiros cavalleiros tauromachicos nos principaes circos de França, Hespanha e Porrtugal — Alfredo Tinoco da Silva e José Bento d’Araujo.

DOMINGO 2 DE AGOSTO DE 1896

ÁS 3 HORAS DA TARDE

INAUGURAÇÃO DA NOVA ÉPOCA TAUROMACHICA

Grandiosa e magnifica corrida de

DOUS BRAVISSIMOS TOUROS PORTUGUEZES

pertencentes ao afamado lavrador o Exm. Sr. D. Caetano de Bragança, e quatro apartados caprichosamente na conhecida fazenda dos Meninos.

Cavalleiro: José Bento de Araujo. Espada: Alberto Rojas-Colon. Bandarilheiros portuguezes: Carlos Gonçalves, da Chamusca; Luiz Homem, da Barquinha; Carlos Silvas, do Porto; Bandarilheiro hespanhol: Manuel Brabo, de Sevilha.

Um valente grupo de oito homens de forcados, capitaneados pelo 1º forcado portuguez Cara Linda, fará as pégas que o director da corrida determinar. O cabo de forcados é acompanhado pelo seu collega e arrojado pegador José Peixinho.

Dous andarilhos, quatro campinos, dous carecas, papagaio, quatro auxiliares para o serviço da arena e dous criados de cavalleiros conduzindo os cavallos de combate. Todos rica e elegantemente vestidos com uniformes proprios d’estes espectaculos e vindos expressamente da Europa do mais acreditado guarda-roupa de Lisboa. A brilhante banda regida pelo professor Zeferino amenisará o espectaculo.

A embolação terá começo ás 10 horas da manhã e é franca para as pessoas munidas de bilhetes para a corrida.

Preços dos bilhetes.— Camarotes com 5 entradas, 40$; Sombra, 5$; Sol, 3$, e por especial favor na Maison Moderne, largo do Rocio, e na rua do Mercado n. 74.

No dia da corrida nas respectivas bilheteiras da praça.

In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 31de Julho de 1896

12 DE JULHO DE 1896 – RIO DE JANEIRO: CHEGADA DOS CAVALEIROS E BANDARILHEIROS ESPANHÓIS E PORTUGUESES


 
Biblioteca nacional do Brasil

SPORT

São brevemente esperados n’esta cidade os cavalleiros portuguezes Alfredo Tinoco e José Bento de Araujo. Estes distinctos artistas tauromachicos são acompanhados de uma quadrilha de bandarilheiros portuguezes e hespanhóes.

Trazem tambem alguns touros dos mais acreditados criadores portuguezes.



In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro – 12 de Julho de 1896

17 DE ABRIL DE 1896 – RIO DE JANEIRO: PRÓXIMA TEMPORADA PROMETE SER “MAGNÍFICA”


 

Biblioteca nacional do Brasil

SPORT

Devemos este anno ter uma magnifica estação tauromachica.

O emprezario Celestino da Silva contractou em Lisboa uma grande quaddrilha da qual fazem parte os cavalleiros Alfredo Tinoco, D. Luiz do Rego e José Bento de Araujo, e os bandarilheiros irmãos Roberto e Peixinho.

Das lezirias do Alemtejo virão vinte touros, escolhidos entre os melhores que alli existem.


In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro – 17 de Abril de 1896

30 DE ABRIL DE 1893 – NÎMES: RELATO DA PRIMEIRA CORRIDA DA TEMPORADA


 

Bibliothèque nationale de France

PLAZA DE NÎMES

Inauguration de la Temporada

Ceux de nos lecteurs qui croiraient trouver à cette place un compte-rendu minutieux et détaillé de la course d’inauguration de la Temporada, seraient grandement déçus. Nous leur avouons franchement que le petit nombre de notes que nous avons prises pendant cette course, ne nous permettant pas de le faire avec toute l’exactitude que nous aurions voulu y apporter, nous avons dû laisser ce soin à d’autres plus habiles ou plus experts que nous. Au reste ceux de nos lecteurs qui désirent connaître tous les détails de cette course les trouveront dans les journaux quotidiens généralement bien renseignés.

Toutefois pour remplir notre devoir envers les aficionados et sans faire aucune offense à la vérité, nous pouvons dire que la cuadrilla de novilleros et les toros présentés dans cette course par M. Fayot, sont bien au-dessus de la moyenne de tout ce que nous avons pu voir dans nos arènes. Les toros beaux et puissants, de belle performance, bien armés, de poids (sauf le 4ème et le 5ème, un peu moins forts) ont tous fourni une bonne carrière, et bien défendu l’honneur de leur caste. Le dernier, le coq de la course, pourrions-nous dire, claro y sencillo, a permis à nos jeunes novilleros de montrer l’adresse et l’agilité qui les distinguent.

Les recortes, veronicas, navarras qui ont été faits à ce toro para Pepe Hillo et Gonzalito ont fait l’admiration de tous les aficionados. — Dans la pose des banderilles, Leal et Gonzalito se sont particulièrement distingués. Les quatre paires, trois al sesgo, la dernière de Gonzalito al cuarteo aprovechando, ont été posées en bonne place, dans une surface pas plus grande que la main.

Des applaudissemeents mérités ont récompensé ce travail que rien ne saurait payer. Descompuesto en sortant de la pose de banderilles, le toro s’est mal prêté à la faena de muleta, néanmoins, Pepe a su lui faire encore de bonnes passes parmi lesquelles quelques-unes bien rematadas. L’estocade qui a terminé a été donnée à la meilleure place, en la cruz. Bravo Hillo! Continuez ainsi et vous ajouterez de l’éclat, si cela est possible au nom célèbre que vous avez adopté.

Tous les autres muchachos ont bien gagné leur solde, et ont été vivement applaudis.


M. (José) Bento d’Araujo est toujours l’habile et gracieux caballero que nous avons admiré la saison dernière. Dimanche, comme si cela était nécessaire, il nous a donné une nouvelle et éclatante preuve de sa science d’écuyer et du sang froid imperturbable qu’il apporte dans son travail difficile et dangereux.

Le toro, deuxième de la course, qui lui était destiné, était de sentido y codicioso, mal intentionné, désireux d’essayer la trempe de ses cornes. La tête haute, il se gardait des javelines dont il semblait connaître le gout. Dès qu’un des muchachos lui jeatit sa percaline, il fondait sur lui avec la rapidité de l’éclair, le poursuivait jusqu’aux tablas, qu’il frappait de ses cornes. Malheur si le muchacho eut manqué l’étrier! Aussi n’est-ce qu’à la force d’adresse, de bonne volonté et de beaucoup de sang-froid que M. (José) Bento (de Araújo) aidé par la cuadrilla est parvenu à javeliner ce bicho vindicatif. M. (José) Bento (de Araújo), mis plusieurs fois en danger par les charges furieuses que ce cornupeto faisait aux moments qui lui paraissaient opportuns, s’est magistralement tiré d’affaire; nous lui en faisons tous nos compliments. Les bruyants et unanimes applaudissements du public lui ont prouvé combien son beau travail était apprécié.

Il nous reste maintenant à dire un mot des pégadores africains. Cette cuadrilla composée de quatre noirs, tous plus affreux les uns que les autres, fagotés à la façon de ces épouvantails dont se servent les jaardiniers pour écarter les moineaux pillards nous a ecœurés. Tout le travail de ces harapientos consiste à se traîner dans la poussière, à faire des grimaces et des contorsions épouvantables, qui ont fini par exaspérer le public. Le grand art du Toreo n’a rien à voir avec cette acrobatie ignoble et idiote, on ne peut que l’abaisser et l’avilir en le mêlant à des exhibitions aussi stupides. Du reste la protestation du public a été assez bruyante et assez énergique pour que M. Fayot l’ait entendue. Y no digo más.

En résumé bons toros, bons toreros, bonne course qui aurait été excellente, si les deux toros des pégadores avaient été courus par les novilleros.

Après-midi splendide. Beaucoup de monde aux premières et à l’amphithéatre; assez aux seconces; peu ou point aux troisièmes et au toril. Señor Fayot! Toros de cincos y torero de veinte inco y la plaza sera un lleno.

Juancho RESDAYÉ

In LA MISE À MORT, Nîmes – 6 de Maio de 1893

30 DE ABRIL DE 1893 - NÎMES: PRIMEIRA CORRIDA DA TEMPORADA - SUCESSO DO CAVALEIRO JOSÉ BENTO DE ARAÚJO


 

Bibliothèque nationale de France

ARÈNES DE NIMES

Voici l'instantané de la première course.

TAUREAUX convenables, certains un peu mous — premier et sixième excellents — irréprochables.

CUADRILLA BLANCHE. — Bonne tête avec Pepe-Hillo et son sobresaliente. Les autres moins Gonzalito e´taient par trop spectateurs.

CUADRILLA NÈGRE (pegadores). — Ce sont des Lafont moins la peur. Et certes, il méritait mieux que des huées ce gros diable de nègre qui a pris le 4ème taureau à bras le cou, mais que ses collègues n'ont pas aidé. Quanta esquichado!

CABALLERO EN PLAZA. — C'est le succès de la course. (José) Bento (de Araújo) est parfait. Amoureux de son art, il communique sa flamme à tous les spectateurs!

In LE FURET NIMOIS, Nimes - 6 a 13 de Maio de 1893

30 DE ABRIL DE 1893 – NÎMES: PROGRAMA DA CORRIDA DE INAUGURAÇÃO DA TEMPORADA COM O CAVALEIRO JOSÉ BENTO DE ARAÚJO


 

PLAZA DE NÎMES

Ouverture de la saison taurine 1893

Dimanche 30 avril, gran Corrida de six toros de 5 ans, dont 3 de la ganaderia de Maximo Hernan (marque O, devise bleu et ciel) et 3 de la ganaderia de Manuel Banuelos (marque A, devise bleu foncé) qui seront comabttus par le matador de Novilleros GAYETANO LEAL (a) PEPE-HILLO.


BANDERILLEROS

Luis Leal (a) Il Maestro.

José Gonzalès (a) Gonzalitto.

Benito Leal.

Eduardo Leal.

CABALLERO EN PLAZA

José Bento d’Araujo.

PÉGADORES NÈGRES AFRICAINS

Jose Preto (chef de quadrille).

Antonio Espirito.

Joaquin André.

Manoel Geixeira.

La Musique des Touristes du Gard (50 musiciens) prêtera son concours.


ORDRE DU SPECTACLE

1.  Pepe-Hillo et sa cuadrilla.

2.  Caballero et la cuadrilla.

3.  Pégadores.

(20 minutes d’entracte)

4.  Pégadores.

5.  Caballero et la cuadrilla.

6.  Pepe-Hillo et sa cuadrilla.

Les toros seront emboulés pour le travail du caballero et des Pégadores seulement.

Les taureaux sont arrivés mercredi soir et ont été conduits à l’établissement de la rue Henri IV.

L’année dernière lorsqu’on annonça pour la Course du 5 Juin la cuadrilla des Ninos Sévillanos la Mise à Mort seule, signala aux aficionados que ce titre n’appartenait plus qu quadrille de Faïco et que les véritables Ninos Sévillanos avaient pour matadores Pachon et Pepe-Hillo.

Pour demain, M. Fayot nous annonce comme matador de novillos Pepe-Hillo.

Nous aurions voulu offrir à nos lecteurs un portrait à la plume et la biographie du jeune novillero, mais le Pepe-Hillo qu’on nous présentera dimanche, n’ayant de commun que le nom avec le célèbre chef des Niños Sévillanos nous avons dû nous abstenir.

Combien y a-t-il de Pepe-Hillo? — Et de José Duran (Pepe-Hillo) ou Cayetano Léal (Pepe-Hillo). Quel est le vrai?

Nous insérerons volontiers leurs réponses.

Louis de MONTJOIE

In LA MISE À MORT, Nîmes – 28 de Abril - 4 de Maio de 1893

30 DE ABRIL DE 1893 – NÎMES: AUMENTO DE PREÇOS E RECLAMAÇÕES

 
 Bibliothèque nationale de France

TEMPORADA DE 1893

L’ouverture de la saison taurine, si impatiemment attendue, aura lieu demain avec le concours d’une cuadrilla de novilleros, des Págadores nègres et du célèbre rejonéador José Bento d’Araujo qui fut tant applaudi le 7 août dernier.

Cette course peut être brillante, mais nous doutons fort qu’il y ait affluence de spectateurs.

Malgré les reclamations qui s’élèvent de tous côtés, les prix fixés par la direcxtiopn n’ont pas été modifiés. L’amphithéatre reste à 2 francs.

Sans être pessimiste, nous regrettons cette mesure, pour la direction et pour le public.

Pour le public, parce que ce prix, trop élevé pour la majorité de nos ouvriers, les empêchera d’assister régulièrement aux corridas comme ils en avaient l’habitude.

Pour la direction en ce que les recettes se ressentiront forcément de ces défections.

Il y a là un écueil que la diection ferait bien d’éviter pour assurer le succès même de son entreprise. Si le public ouvrier s’abstient d’aller aux arènes, comme il en manifeste le dessein; M. Fayot espère-t-il compenser ces absences par l’élévation du prix des places de ceux qui s’y rendront? — Nous la voudrions mais ne l’espérons guère.

Dans le dernier nº de la Mise à Mort, nous avons dit que que nous avions la plus grande sympathie pour la nouvelle direction et nous répétons.

Nous désirons la voir aboutir, parce qu’elle tend à relever l’art taurique en France, parce qu’en organisant de grandes solennités, la plaza et la ville de Nîmes y gagneront, parce qu’elle nous permettra enfin de voir quelques célébrités taurines.

Mais nous le répétons aussi, nous voyons de si près les ouvriers nimois, nous connaissons si bien leurs besoins, leurs moyens et leur désiderata, nous sentons tellement que le prix de 2 francs est au-dessus de leurs ressources que nous avons demandé à la direction de l’abaisser.

Nous insistons aujourd’hui encore sur ce point. La course de demain en nous donnant raison, sera peut-être notre meilleur argument.

Quoiqu’il en soit, M. Fayot en créant les abonnements d’amphithéatre, que nous avions demandé, a bien agi et a droit à nos remerciements. Un pas lui reste a faire: réduire lr peix des places d’amphithéatre. Nous comptons que la nouvelle direction, dans l’intérêt même de l’œuvre qu’elle poursuit et pour satisfaire nos aficionados ouvriers, y consentira.

C’est ce que nous souhaitons.

J. MARY de LÉO.

In LA MISE À MORT, Nîmes – 22 de Abril de 1893

30 DE ABRIL DE 1893 – NÎMES: ANÚNCIO DO PRINCÍPIO DA TEMPORADA TAUROMÁQUICA


 

Bibliothèque nationale de France

PLAZA DE NIMES

La date d’ouverture de la saison taurine 1893 n’est pas encore fixée. Elle aura probablement lieu le 30 si tout est prêt pour fournir une bonne course.

Les chevaux de J. (José) Bento de Araujo, que ce caballero en plaza présenta le 7 août dernier à la course CARA-ANCHA, sont arrivés.

Le corral de la rue Henri IV a reçu en outre deux chevaux noirs, race russe, appartenant à Mlle Maria Gentis, écuyère de haute école, la célèbre caballera en plaza, qu’il nous sera donné d’applaudir comme rejonéadora.

In LA MISE À MORT, Nîmes – 22 de Abril de 1893

8 DE NOVEMBRO DE 1891 – PARIS: FESTA DO CAVALEIRO PORTUGUÊS JOSÉ BENTO DE ARAÚJO NA PRAÇA DE TOUROS DO BOIS DE BOULOGNE

 

Bibliothèque nationale de France

Gazette des Coulisses

À deux heures et demie, 26ème course de taureaux aux Arènes de la rue Pergolèse. Cette course, donnée au bénéfice de José Bento de Araujo, le brillant caballero en plaza, promet d’être des plus intéressantes. Mlle Maria Gentis, la charmante caballera, y prêtera son gracieux concours, ainsi qu’un toréador célèbre qui, se trouvant dans la salle comme simple spectateur, descendra dans l’arène et mettra des banderilles à un taureau.

 Au programme également: Valentin Martin, José Ruiz (Joseito) et leurs cuadrillas et les picadores. M. José Bento de Araujo, pour remercier la presse parisienne du bienveillant accueil qu’elle lui a fait depuis le commencement de la saison, lui dédiera un des taureaux qu’il piquera seulement avec des banderilles très courtes.

In L’ATTAQUE, Paris – 7 de Novembro de 1891

5 DE MAIO DE 1901 - LISBOA: UMA TOURADA COM ALTOS E BAIXOS


 

LISBOA (PORTUGAL)

Corrida efectuada en Campo Pequeño el 5 de Mayo.

Biblioteca nacional de España

La empresa de nuestra plaza continúa organizando carteles que agradan completamente á la afición lusitana, aun á la más exigente.

Habiendo sido grande el entusiasmo en la corrida que toreó Reverte, y magnífica la impresión que dejaran los toros de Duarte d'Oliveira, la empresa trató de repetir aquella parte del programa, presentándonos de nuevo al diestro de Alaclá, y otros diez toros de la ganadería del Cartaxo.

Y con algunas pequeñas variantes en el personal, se llevó á efecto la segunda extraordinaria, con una buena entrada, porque no era de esperar otra cosa.

La verdad sea dicha, no es posible dar á esta corrida la misma clasificación que se dió á la primera de Reverte; esto es: de muy buena.

Sin embargo, todos los aficionados se conformarían con que las sucesivas no fuesen inferiores.

EL GANADO. — Si no nos es lícito censurar en absoluto al Sr. Duarte d'Oliveira por la última corrida que nos envió, también es cierto que no podemos felicitarle, como fuera nuestro deseo, y como lo hicimos en el penúltimo número de SOL Y SOMBRA.

Quien escoge diez reses como las que el Sr. Duarte d'Oliveira nos dió el día 28 de Abril, que tenían sangre, cuerpo, carnes, presencia y tipos de toros, de ningún modo nos debía presentar aquellas otras que, excepto en la estampa, que era buena, en nada se parecían á las primeras, careciendo éstas de todas las buenas cualidades que abundaban en aquéllas.

A decir verdad, fué Reverte quien escogió los toros en la vacada, y de ahí tal vez la razón de que viéramos tantos chotitos en la plaza, por haberse dejado los toros en el campo.

Mas aunque eso sea, no disminuye la responsabilidad del ganadero, pues viendo que le apartaban toretes, dejándole los toros, su deber era no facilitar la corrida, y con eso ganaría en crédito lo que perdiera en dinero.

Como ya dejamos dicho, los 10 toros de Duarte d'Oliveira resultaron ordinarios, comparándolos con los anteriores.

Clasificándolos, diremos que el que salió en séptimo lugar, que fué el mejor de la tarde, resultó un toro de buena ley, el único; los segundo, octavo y décimo, demostraron algo de bravura; los cuarto y sexto cumplieron nada más, debido á la frescura, pero fué desarmado y perseguido al simular la estocada.

Con el capote, en los segundo, tercero y sexto (éste fué enseguida trasteado de muleta) estuvo parado á veces, ejecutando algunos lances buenos y de efecto. Banderilleando, agarró dos pares en el quinto y uno en el octavo, á su manera, resultando archisuperiores los dos primeros.

Recortó capote al brazo en varios toros, quebrando una vez á cuerpo limpio en el toro séptimo.

De regular puede calificarse la faena de Antonio Reverte en su segunda presentación al público de Lisboa, que fué muchas veces premiada con repetidos y justísimos aplausos.

«Revertito», que figuró como sobresaliente, aunque algo mejor que en la última, no consiguió todavía satisfacernos, sobre todo á quien ya lo ha visto

Trabajar en temporadas anteriores.

Pasó la muleta al segundo (que había sido toreado de capa por su tío), pero poco logró hacer; el cuarto, que estaba dando buen juego, cuando el señor presidente mandó terminar el trasteo y salir los cabestros; el octavo, que fué en el que estuvo mejor, dando pases completos, de cabeza á rabo, lo que le valió justa ovación, y, por último, el décimo, que brindó al público del 4, y en el que no pudo demostrarnos lo que vale.

Con los palos, cambió en el quinto un par que resultó malo, repitiendo con otro al cuarteo, muy bueno; en el octavo, cuarteó dos pares, siendo volteado al colocar el primero, no oyendo aplausos ni por uno ni por otro.

Estuvo muy activo toda la tarde, ayudó á su tío cuanto pudo y, por fin, fué multado por el señor presidente por no obedecerle inmediatamente cuando le mandó suspender el trabajo de muleta en el toro cuarto.

JOSÉ BENTO D'ARAUJO EN EL TORO PRIMERO

LOS CABALLEROS. ̶  José Bento (de Araújo) estuvo aceptable en los dos toros que le correspondieron. En el primero clavó tres rejones en su sitio; en el sexto dejó cinco: tres buenos, uno regular y otro malo, y terminó con una banderilla buena.

Fernando d'Oliveira estuvo superior en la lidia del cuarto, por la inteligencia con que lo toreó y como le obligó á marrar; en suertes variadsas empleó el primoroso artistas cuatro rejones, tres muy buenos, quedando uno algo caído, y remató con dos banderillas archisupeiores. En el noveno, que era el peor de la corrida, nada consiguió, á pesar de su buena voluntad.

LOS BANDERILLEROS. ̶  Juan Calabaça ejecutó una suerte de «gaiola» de mucho efecto en el segundo toro, aunque las banderillas no quedaron en muy buena colocación; repitió con otro par bueno al cuarteo, que le valió muchas palmas.

A Theodoro Gonçalves correspondió banderillear el segundo con Calabaça, y el séptimo con Manuel de los Santos. En su primero estuvo bien, clavando un par bueno al cuarteo y otro al sesgo de mucho mérito, por la manera como preparó y como clavó. En su segundo, salvo el par que dejó á «porta gaiola», que fué superior, su trabajo no estuvo á la altura de sus méritos.

Theodoro es hoy, sin disputa, el primer peón portugués, poseyendo valor, conocimientos y valentía; y en un artista con tales condiciones, no es propio, ni se comprende la necesidad de torear con la precipitación con que lo hizo en el toro en que alternó con Manuel de los Santos.

Convénzase Theodoro de que con precipitación no se puede torear bien. Y la prueba la tuvo en la lidia del séptimo, sin duda ninguna el mejor toro de la corrida, en que su trabajo fué delicatísimo, por el motivo expresado; lo que no le ocurriría, seguramente, si torease con aplomo, como acostumbra, sin preocuparse por ideas de rivalidades, que no tienen razón de ser, ni pueden tampoco tomarse en serio. Que la lección sirva de escarmiento.

Cadete dejó medio par bueno á la salida del tercero, y nada  más consiquió, porque el toro era manso; el el décimo clavó un par superior, y uno y medio regulares.

Torres Branco solo pudo prender en el morrillo del tercero un par algo abierto, oyendo después abundantes palmas de un grupo del 2, por la diligencia y valentía que demostró, citando en corto y metiéndose en la cabeza.

Manuel de los Santos, si recordase aquel célebre refrán: «Quien todo lo quiere, todo lo pierde», no hubiera sufrido el fracaso que sufrió en la segunda extraordinaria. ¡Perdió en un solo día lo que había avanzado en tantos; retrogradó en una corrida lo que había ganado en dos temporadas! ¡Fué tal vez la tarde que, durante su carrera, peor impresión dejó en el público que le admira!

De bueno, tuvo solamente dos pares de banderillas: uno en el séptimo y otro en el décimo. ¡Todo lo demás, «cero»!

En el séptimo, el quiebro en silla, con la precipitación con que lo hizo, sin preparar ni esperar, habiendo ya el toro emprendido su viaje, fué sencillamente una temeridad y nada más. El otro que hizo enseguida con los piés sobre un pañuelo, tampoco «fué» nada. Todo eso se le podría perdonar, todo se le podría disculpar, atendiendo á su mucha fuerza de voluntad. Mas lo que nadie le perdona ni disculpa, ni siquiera los revisteros que le son afectos, fué lo que hizo con la muleta en el mismo toro séptimo, ¡pues el fiasco resultó «monumentalísimo»! 

Manuel de los Santos es, sin duda, un muchacho de vountad y que vale, pero le faltan todavía la competencia y los conocimientos necesarios para presentarse toreando de capa ó de muleta ante el público de la primera plaza del país. Debe tener en cuenta que la plaza de Campo Pequeño, en corridas formales, no debe ni puede ser transformada en escuela. Así es que, por honra de su propio nombre, ¡debe praticar antes en las plazas de segundo y tercer orden, para poder presentarse después al lado de los maestros y ante un público que está acostumbrado á ver los mejores diestros. De no hacerlo así, sólo conseguirá repetir el espectáculo que nos ofreció esta tarde, y que fué poco edificante. Por otra parte, tenga Manuel de los Santos la seguridad de que el buen resultado del trabajo del artista no depende sólo de «querer», pues además es necesario «saber». En estas páginas hemos elogiado muchas veces á Manuel de los Santos; hoy no podemos hacer lo mismo, porque llevamos siempre por norte de nuestros trabajos, la verdad.

«Cutrinche», «Niño de la huerta» y «Alcalareño», quedaron regularmente, sobresaliendo el primero.

LOS FORCADOS. ̶  Hicieron dos pegas buenas de frente en los toros segundo y tercero.

El jefe, Fressura, fué multado y se prescindirá de sus servicios en corridas sucesivas por no acatar las órdenes del presidente en el toro cuarto.

 

LA DIRECCIÓN. ̶  Estuvo confiada, como de costumbre, á «Pescadero», que dirigió con acierto hasta el toro tercero. En el cuarto anduvo algo precipitadillo, mandando sacar los cabestros justamente cuando «Revertito» estaba agradando con la muleta. Por ese motivo se promovió una bronca mayúscula, como jamás la hemos presenciado.

A la corrida asistieron S. A. El Sr. Infante D. Slfonso y la oficialidad del crucero brasileño «Floriano», á quien brindaron suertes algunos diestros.

 

(INSTANTÁNEAS DE F. VIEGAS, HECHAS EXPRESAMENTE PARA «SOL Y SOMBRA»

CARLOS ABREU.

In SOL Y SOMBRA, Madrid - 23 de Maio de 1901

26 DE OUTUBRO DE 1898 - RIO DE JANEIRO: AS NIÑAS TOUREIRAS ESPANHOLAS E FRANCESAS DÃO QUE FALAR...


 

Biblioteca nacional do Brasil

João Romero trouxe ha pouco de Lisboa cinco toureiras de contractou para trabalhar no Club Tauromachico Federal.

Toda esta capital conhece estas toureiras, mas o que todos ignoravam com certeza é que Romero exercesse sobre ellas uma força suggestiva extraordinaria, a ponto tel-as presas e incommunicaveis nos quartos do hotel onde estavam hospedadas.

Mas não ha suggestão maior do que a do prejuizo, e Romero, que havia seduzido as niñas com promessas as mais brilhantes, desta vez nem ao menos queria restituir-lhes o que ellas haviam ganho nas corridas que deram aqui e, que é mais, preparava-se já para leval-as para novas explorações. Foi isto que perdeu Romero; as niñas, que não se amedrontam diante de terriveis pontas de bravissimos touros, não podiam mais supportar aquelle cativeiro e por isso, quebrando todos os grilhões, foram ter com o delegado da 7ª circumscripção, a quem relataram tudo quanto acima ficou referido.

Chamado Romero a dar explicações, disse quanto ás prisões em quartos fechados que assim procedia para melhor conservação dos toureiros e garantia da empreza tauromachica; quanto ao dinheiro não restituia por serem ellas menores e ser elle o seu tutor.

O delegado não se conformando com estas razões, mandou recolher Romero no xadrez, arrecadando antes do preso a quantia de 1.624$ em nossa moeda e mais 8 notas de 20$  fortes e duas notas de 100 pesetas hespanholas.

As niñas serão hoje apresentadas aos seus respectivos consules, visto serem menores. São tres hespanholas e duas francezas.

In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 26 de Outubro de 1898

27 DE OUTUBRO DE 1898 - RIO DE JANEIRO: NIÑAS TOUREIRAS - A EXPLICAÇÃO DO CAVALEIRO


 

Biblioteca nacional do Brasil

Fomos hontem procurados pelo conhecido e popular cavalleiro José Bento (de Araújo) que nos apresentou documentos mostrando que as niñas matadoras estavam pagas e muito bem pagas pelo Sr. José Romero. É exacto que viviam sob rigorosa vigilancia, mas isso, por ser necessario, para que cumprissem o contracto.

In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 27 de Outubro de 1898