5 DE MAIO DE 1907 - LISBOA: CORRIDA EM TARDE FRIA E DE VENTANIA NA PRAÇA DO CAMPO PEQUENO



Biblioteca nacional de España

Desde Lisboa

5 de Mayo.

PLAZA DE CAMPO PEQUEÑO

Séptima corrida. — Toros de Emilio Infante. — Espadas, los dos hermanos Bombitas.

Por poco no tenemos el gusto de aplaudir á Ricardo Torres, pues el día se presentó frío, cayendo agua si Dios la daba hasta el meio día, en que el cielo dejó de obserquiarnos con ese líquido.

Ricardo, que venía con ganas de torear, dijo:

¡Vaya un día pa lucirse uno!

En fin, la corrida se echó fuera, pero la tarde fría y ventosa como no cabe más; por esta cusa, la concurrencia fué muy escasa, y sólo hubo menos de media entrada.

A la hora fijada se presentó en el palco regio su majestad la reina D.ª Amelia, y los infantes D. Alfonso y D. Manuel.


Se lidiaron diez toros, pero todos han salido mansos perdidos, á no ser el séptimo, que fué bravo y noble, y el quinto que cumplió á duras penas.

Los dos Bombitas en el quinto cogieron los palos y enloquecieron al toro y á los aficionados con sus jugueteos, en que mostraron valor, faculdades y saber.

Cita Ricardo dos veces al cambio, pero comprendiendo que el toro no quería floreos, cuartea un par magnífico. Entra Manolo y deja par y medio buenos.

Empuña Ricardo la muleta y da un pase muy ceñido, apoderándose del toro de una manera que no es para descrita, sino viéndola.

El toro acabó revolviéndose y procurando hacer daño.

El público ovacionó mucho á Ricardo.

Pero donde el entusiasmo ha sido delirante, fué en el séptimo, que salió como un rayo de los chiqueros.

Morenito paró en la suerte de gayola.

Los espadas cogieron las banderillas, y Ricardo dejó un gran par al cambio, repitiendo con otro igual, entusiasmando á la concurrencia.

Manolo puso medio par, repitiendo con uno entero al cambio.

Ricardo empuñó la flámula y ejecutó la faena más brillante y artística que puede imaginarse, entre olés, bravos y aplausos, y remató con un simulacro á volapié, entrando derecho como una flecha.

La ovación fué delirante.


Los rejoneadores José Bento (de Araújo) y Casimiro, muy bien, sobresaliendo el primero por la manera artística y valiente con que rejoneó al cuarto toro.

Des los banderilleros, sobresalió Cadete en banderillas, y Antonio Soriano (Maera) en banderillas y en la brega, en que es insustituible.

Un bravo á Maera.

MANUEL JOAQUIN GÓMEZ.

In EL TOREO, Madrid - 14 de Maio de 1907

26 DE OUTUBRO DE 1891 - PARIS: MAIS DE 15.000 ESPECTADORES NA 23ª CORRIDA DA TEMPORADA

 

Bibliothèque nationale de France

COURRIER DES THÉATRES

Plus de quinze mille personnes assistaient hier, aux arènes de la rue Pergolèse, à la vingt-troisième course de taureaux. Elle a été très intéressante. Valentin Martin, José Ruiz, José Bento de Araujo et les picadores ont été très brillants et ont obtenu un succès mérité.


Dimanche prochain, vingt-quatrième course.

In LE PETIT PARISIEN, Paris - 27 de Outubro de 1891

30 DE JULHO DE 1899 - BELÉM: CORRIDA À ANTIGA PORTUGUESA COM ARTISTAS PROFISSIONAIS EUROPEUS E UM CAVALEIRO AMADOR BRASILEIRO



Biblioteca nacional do Brasil

Toiradas

Está despertando grande enthusiasmo a corrida para o proximo domingo, á Antiga Portugueza, em que toma parte, como Netto, o estimado e conhecido amador o sr. Luiz Rosa, que montará o soberbo cavallo Dartanhã, para combate.


Para este espectaculo, que pronette ser pomposo, tem sido grande a procura de camarotes e bilhetes.


In O PARÁ, Belém - 29 de Julho de 1899

20 DE SETEMBRO DE 1891 - PARIS: 18ª CORRIDA DA TEMPORADA COM TOUREIROS ESPANHÓIS, FRANCESES E O CAVALEIRO PORTUGUÊS JOSÉ BENTO DE ARAÚJO


 

Bibliothèque nationale de France


COURRIER DES THÉATRES

Dimanche prochain, à 3 heures, 18ème grande course de taureaux aux arènes de la rue Pergolèse.

Au programme: Valentin Martin, la Mateïto et leurs cuadrillas, José Bento de Araujo, caballero en plaza, et les picadores.

Les taureaux, fraichement débarqués aujourd'hui, nous promettent une course mouvementée.

Georges Boyer.

In LE FIGARO, Paris - 17 de Setembro de 1891

8 DE OUTUBRO DE 1899 - BELÉM: ÚLTIMA CORRIDA DA TEMPORADA

 
Biblioteca nacional do Brasil

THEATROS, SALÕES E CIRCOS

COLYSEU

No Colyseu Paraense realisar-se-á no domingo a ultima corrida da presente epocha, para a qual se preparam grandes attractivos.

Novamente se apresentará o distincto cavalleiro José Bento (de Araújo) e por especial fineza o sportman sr. Jayme Abreu.



Serão corridos 6 bravissimos toiros portuguezes, entre os quaes dois chegados ultimamente e que pela primeira vez entram na arêna.

Um abastado lavrador offerece 4 toiros apartados a capricho n'uma das principaes fazendas de Marajó.

In O PARÁ, Belém - 3 de Outubro de 1899

1 - 2 DE NOVEMBRO DE 1891 - PARIS: ÚLTIMAS CORRIDAS DA TEMPORADA

 

Bibliothèque nationale de France

FOYERS ET COULISSES

À l'occasion des fêtes de la Toussaint, il y aura deux courses de taureaux dimanche et lundi. Ce sont les avant-dernières.

Au programme:

Valentin Martin, José Ruiz et leurs  cuadrillas, José Bento de Araujo, caballero en plaza, et les picadores.

La dernière course est annoncée pour le dimanche 8 novembre.

Pédrille.

In LE PETIT JOURNAL, Paris - 29 de Outubro de 1891

9 DE OUTUBRO DE 1898 - RIO DE JANEIRO: MAIS UMA TOURADA COM CORAJOSAS "NIÑAS TORERAS"


 

Biblioteca nacional do Brasil

SPORT

TOUROS


Uma tarde cheia, a de domingo. A elegante praça das Laranjeiras quasi cheia. O tempo um pouco velado, a brisa ruidosa e a viração subtil.

Á hora do programma, presente no seu logar especial o gordo Ximenes, o clarim, aliás sempre um pouco fanhoso, deu o signal de começar o combate. Ao som de uma marcha tocada pela banda do 7º com carneiro branco e tudo, entraram na arena os guapos e avantajados cavalleiros José Bento (de Araújo) e Adelino Raposo, cercados pelo seu sequito de niñas, capinhas, espadas, forcados e moços do curro.

Feitas as cortezias segundo o ritual, voltou á arena o cavalleiro José Bento (de Araújo).

Esperou a sorte de gorrila.

O bicho não investiu. José Bento (de Araújo) procurou cital-o outra vez — em vão. Ainda outra e o touro moita. Calabaça ferra-lhe um par de bandarilhas, uma das quaes entre os cornos.

José Bento (de Araújo) cita-o outra vez e o bicho — moita!

Afinal José Bento (de Araújo) retira-se e então Calabaça consegue enfeital-o com alguns ferros. É que o bicho havia tido uma questão com o cavallo de José Bento (de Araújo) e não quiz entender-se com elle de fórma alguma. Pechuga faz alguns passes com limpeza e Cabeça cai-lhe bem na dita apparecem as chocas e a fera vai para o curral tratar as feridas e comer alfafa.

O segundo touro deu um milrado. Investiu, mas na occasião de dar a sorte negou-se. Com muito trabalho, Calabaça e Xavier espetaram-lhe alguns ferros.

Cruz esperou o terceiro touro. Fez um quiebro.

Rocha junto á trincheira citou o bicho. Metteu bem um par de bandarilhas; mas o touro colheu-o junto ás taboas. Felizmente só houve o susto. E Xavier e Rocha e Cruz ainda o enfeitaram com alguns ferros. O ultimo de Cruz foi um primor.

Depois de ligeiros passes por Pechuga, tocou a péga. Dous ou tres forcados foram sacudidos gentilmente, mas afinal o touro foi pegado e por signal bem mal pegado.

Adelino picou o quarto touro. E aproveitou-o bem, enfeitando-o com meia duzia de ferros largos e um curto que provocou grande enthusiasmo.

Vieram depois os garraios para as niñas. Os garraios levaram alguns ferros, postos indifferentemente no lombo, nas pernas, etc. Em compensação as niñas levaram mais boléos do que ferros elles levaram.

Mas são do diabo ou de borracha aquellas niñas; não há chifradas que as inutilisem e a respeito de coragem conhecemos muitas niñas que não lhes chegam aos calcanhares. Muito applaudidas, muito festejadas e quiçá muito desejadas tambem as valentes niñas.

O 7º touro, depois de haver passado lindamente sob o salto de Xavier, que com a vara o esperou para a gaiola, investiu para Pechuga, que o esperava em pose elegante, de verdadeiro toureiro. Fez um quiebro, mas só uma farpa ficou no bicho.

Depois foi um nunca acabar de bandarilhas, postas com grande precisão e brilho. E veiu elle com a muleta, e fez bellos passes e simulou com felicidade a sorte da morte. Numerosos bravos, palmas, chamados, emfim o delirio.

Adelino Raposo, como o outro que diz, fez brilhaturas no 8º touro, um bello bicho. Era cital-o e — zás! — farpas estaladas, terminando por um ferro curto, posto com uma extraordinaria precisão. Outras palmas, outros bravos, outros chamados e outro delirio


A corrida foi portanto bellissima, de contentar os mais exigentes, e o seu clou não foi nada disso que ahi deixamos dito, mas a pega do Zé Cabeça ao 9º touro, o da troupe Paulino. Depois de ter tentado pegar o bicho de costas e não lhe ter ficado nas hastes, Zé Cabeça bateu-lhe as palmas e — zás! — enbarbelou-se tão habilmente que o bicho, apezar dos seus bruscos e valentes derrotes, não conseguiu arrancal-o.

Pega intrepida!

In  GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 11 de Outubro de 1898

17 DE NOVEMBRO DE 1898 - RIO DE JANEIRO: CORRIDA À ANTIGA PORTUGUESA PARA CELEBRAR TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DO BRASIL E PRESENÇA DO CRUZADOR PORTUGUÊS ADAMASTOR

 

Biblioteca nacional do Brasil

SPORT

Á ANTIGA PORTUGUEZA

Uma tourada esplendida a primeira tourada nocturna, realisada ante-hontem, em honra do conselheiro Ferreira do Amaral e dos officiaes do Adamastor.

Mesmo sem o condimento especial ser uma corrida à antiga portugueza, com o Neto, os forcados na casa da guarda, a mula das farpas e os pagens, a tourada de quarta-feira teria servido a satisfazer as exigencias dos aficionados mais incontentaveis. E isto porque o gado cumpriu excepcionalmente e porque os artistas, num despique louvavel, trabalharam com vontade e discursaram a valer.

O publico, por sua vez, acudiu numa concorrencia numerosa e brilhantissima e conservou-se, durante toda a corrida, numa afinação de enthusiasmo muito merecido pelos artistas e muito gentil para com os officiaes e para os marinheiros do cruzador portuguez.

A fanfarra do Adamastor, composta apenas de 12 figuras, foi delirantemente applaudida nos trechos sérios, nos fados e outras musicas populares que executou magistralmente antes da corrida e durante o intervallo. As cortezias foram feitas ao som do hymno da carta, ouvido de pé e de cabeça descoberta por aquellas cinco mil pessoas enthusiasmadas.

O commandante e a officialidade do Adamastor assistiram á tourada, acompanhados do Sr. Camello Lampreia, encarregado de negocios de Portugal, em tres camarotes lindamente enfeitados de bandeiras e sanefas das cores da bandeira portugueza.

No intervallo, foram offerecdidos pelos sympathicos cavalheiros directores da companhia uma taça de champagne aos bravos officiaes da marinha portugueza e ao Sr. capitão de mar e guerra Ferreira do Amaral um vistoso ramo de flôres artificiaes, preso a uma palma por fitas azul e branca em que se lê uma delicadissima dedicatoria.

Por seu turno, o Sr. commandante do Adamastor brindou aos bravos cavalheiros com um bello ramilhete, agradecendo-lhes a amabilidade que com aquella brilhante festa lhe faziam.

Ao terminar a corrida, foram os distinctos officiaes portuguezes acompanhados por todos os artistas e por enorme multidão de espectadores, que ergueram enthusiasticos vivas ao partirem os carros especiaes que a companhia do Jardim Botanico puzera ás ordens do Sr. conselheiro Ferreira do Amaral e dos seus commandados.

As cortezias feitas pelos tres cavalheiros Tinoco, José Bento (de Araújo) e Adelino Raposo, acompanhados de toda a cuadrilha, foram procedidas pela apresentação do Neto, o Ezequiel, que, depois dos cumprimentos á praça, montado em um tordilho adestrado, voltou á arena, ao galope de um cavallo negro, a receber as ordens da intelligencia, que transmitiu durante toda a corrida, com promptidão e coragem, molhando a mão d'uma feita, em recurso, como lhe cumpria, mas não conseguindo evitar que o corcel, pouco prompto no arranco, fosse beijado e mesmo entalado contra as taboas umas duas ou tres vezes.

O primeiro touro coube a Alfredo Tinoco, que lhe poz dous ferros á estribeira, recebendo o novo alazão dous beijos em resposta, que obrigaram o correcto cavalleiro a mudar de ginete. Montado no ruço de José Bento (de Araújo), ainda poz no bicho tres ferros longos e um curto, de primeira ordem. Depois de quatro passes de capota do Pechuga, bateu-lhe as palmas o José Cabeça, que foi pelos ares, mas voltou á carga, fazendo uma péga real.

O primeiro ferro posto por Alfredo Tinoco foi offerecido "ao Sr. commandante Ferreira do Amaral, á marinha portugueza, a Portugal".

O segundo bicho foi enfeitado por Calabaça com dous e meio pares e pelo Rocha com dous pares. O touro, que era um raio no primeiro estado, alcançou o cavallo do Neto, que se defendeu cravando-lhe um ferro. Morenito passou-o de capote regularmente, ajudado sem motivo por Pechuga, porque a fera repunha-se bem a todos os capotazos.

O terceiro coube a Xavier, que lhe poz á gaiola um bom par de bandarilhas, seguido de mais dous, e a Morenito, que lhe cravou par e meio, rematando a sorte falha por uma cambalhota elegantissima, de que se levantou teso como um catita.


O quarto touro sahiu para José Bento (de Araújo), que lhe metteu o primeiro ferro, em sorte offerecida ao Sr. Ferreira do Amaral e ao Sr. Camelo Lampreia; mas um ferro á estribeira, um á meia-volta, dous á tira; um curto, tambem á tira, riquissimo, offerecido á rapaziada de bordo, e um outro tambem curto e á tira, aos do Club dos Amadores, com o tricorne atirado no grupo dos apreciadores enthusiasticos do sector n. 2.

Depois de alguns passes do Pechuga, o Antonio bateu-lhe as palmas, um tanto desengonçado, e foi longe: o Fatal encornou apenas na haste direita, aguentou-se, repondo-se bem, mas não rematou a péga porque os companheiros andavam por longe, a ver o effeito da olluminação.

Terminado o intervallo de estylo, veiu á arena o quinto bicho, que deu a Xavier um bom salto de vara e foi enfeitado por Pechuga com um ferro em quiebro, outro á meia volta, ao sopé e um par com o touro parado, que até parecia castigo; Morenito, mais calmo poz dous bons pares de bandarilhas, em sorte, fazendo tres sahidas falsas de mestre. Pechuga passou a féra de muleta, sem grande brilho, e simulou a morte fóra de tempo. Antonio fez n'este touro uma boa péga.

O sexto touro coube á patuléa portugueza, que offereceu as primeiras sortes ao grupo de marinheiros portuguezes que assistiam á corrida, logo por baixo da fanfarra no sector n. 2. Dos muitos pares de bandarilhas com que o bicho foi enfeitado, é de justiça destacarmos os que foram postos por Calabaça, que estava em maré de sorte.

O ultimo touro veiu á praça para Adelino Raposo, que poz o primeiro ferro, á garupa, em sorte offerecida ao Sr. commandante Ferreira do Amaral; o segundo á meia volta, rematado á garupa; o terceiro, á tira "em agradecimento ao gentilissimo povo brasileiro, que viera honrar com a sua presença a festa offerecida aos marinheiros portuguezes"; o quarto, á meia-volta; e finalmente dous ferros curtos, ambos á meia-volta.

Sem preparo bastante, acercaram-se os forcados da féra, que os punha em debandada a cada investida, e que foi cuspindo, um após outro, o Antonio (que se desembolou umas poucas de vezes), um magricelas comprido que já alli vimos fazer uma boa péga, o José Cabeça, o Chico, á futrica, todo o bando em summa, que acabou olhando em supplica o intelligente, pouco resolvido a mandar recolher a féra.

O Sr. intelligente entendeu, e as chocas sahiram, pondo termo á balburdia e limitando talvez a doze metros os pontos falsos a empregar.


Amanhã haverá no Club Tauromachico Federal grandiosa corrida de sete bravissimos touros portuguezes.

In  GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 19 de Novembro de 1898

15 DE SETEMBRO DE 1892 - PARIS: "24.ª GRANDE CORRIDA DE TOUROS NA PRAÇA DO "BOIS DE BOULOGNE"

 

Bibliothèque nationale de France

ÉCHOS

Les Arènes de la rue Pergolèse attirent le public grâce à leur programme varié et attrayant.

Courses espagnoles, Remigio Frutos (Ojitos) et sa cuadrilla; José Martinez (Pito), Raphael Llorens, Braulio, Angel Adrada, banderillos, et les picadores Baulero, Manuel Sanchez et Niquet.


Courses provençales: Marius Monnier et son quadrille, écarteurs, sauteurs; José Bento d'Araujo, caballero en plaza.

THÉO-BAL.

In LA JEUNE GARDE, Paris - 11 de Setembro de 1892

17 DE SETEMBRO DE 1893 - MARSELHA: CAVALEIRO JOSÉ BENTO DE ARAÚJO PROMOVE TOURADA PARA AJUDAR AS VÍTIMAS DE UM INCÊNDIO


 

Bibliothèque nationale de France

A MARSEILLE

Epilogue de la corrida du 27. Ainsi que le Torero l'avait annoncé, les dégâts se sont élevés à la somme de 800 fr.

D'autre part, M Flaissières, maire de Marseille. n'a tenu aucun compte des récriminations de quelques jaloux qui l'incitaient à interdire la corrida dans notre ville, car le vaillant rejoneador (José) BENTO DE ARAUJO, qui s'est prodigué pour sauver la situation dans la course du 27 août, en organise une nouvelle pour le 17 de ce mois, au bénéfice des incendiés du quartier Saint-Lazare.

Nos félicitations à (José) Bento (de Araújo).

DON LUIS.


In LE TORERO, Paris - 10 de Setembro de 1893

6 DE NOVEMBRO DE 1898 - RIO DE JANEIRO: REALIZAÇÃO DA TOURADA INICIALMENTE PREVISTA PARA 30 DE OUTUBRO, QUE FOI ADIADA POR CAUSA DO MAU TEMPO

 

Biblioteca nacional do Brasil

SPORT

TOUROS


Depois de adiada pela chuva realisou-se ante-hontem a corrida, ou antes, a, festa artistica do amado cavalleiro Adelino Raposo.

Era magnifico o aspecto da praça das Laranjeiras, com os camarotes todos guarnecidos e compacta concurrencia na sombra e nas cadeiras. Apenas falhou o Sol, o que é realmente para se notar, pois é essa parte da praça a geralmente mais concorrida.

Á hora de começar a corrida, o actor Mattos occupou a cadeira da intelligencia e mandou roncar o clarim.

Appareceu o cortejo a fazer as cortezias do estylo. O beneficiado, naturalmente por um requinte de delicadeza para esta terra hospitaleira, vinha de verde e amarello.

Fitas de iguaes cores enfeitavam o cavallo. Depois de cumprimentar o publico, a quem dirigiu phrases de agradecimento, Adelino esperou o primeiro touro bem socegado.

Adelino aproveitára bem a gaiola, e depois ficou-lhe um rico ferro á garupa e outro a meia-volta, e ainda outro á garupa sómente de uma cite á estribeira. Palmas, bravos, ovação.

Calabaça e Xavier lidaram o 2º touro, que o Cabeça teve o luxo de pegar.

O 3º coube a Rocha e a Morenito, que o aproveitaram com grande felicidade.

Adelino picou o 4º touro, a ferros curtos e a sós na arena. Offereceu todas as sortes a todos os amigos e companheiros, e não se póde dizer que lhes offerecesse cousa de pouco valor, pois todas ellas foram de primeirissima ordem, enchendo o chachaço do touro de ferros curtos, a dar idéa de uma pregadeira de alfinetes.

Um trabalhinho riquissimo. O publico chamou Adelino e então, foi um chuveiro de ramalhetes, de caixas de charutos, de mimos, de palmas e de bravos.

Xavier deu o salto de vara por cima do 5º touro, depois do que o elegante Pechuga pôz um par de ferros em quiebro e depois outros.

Martinez tambem collocou alguns. O touro não quiz nem muleta nem capote porque está com a idéa de partir a cara de um forcado, como de facto partiu. Outro com mais olho, ficou-lhe bem na cabeça.

O sexto touro foi menos mal lidado por Calabaça e Rocha.


A Adelino e José Bento (de Araújo) coube o setimo touro. Adelino enfeitou-o com ferros curtos e curtissimos, alguns o que se póde chamar uma belleza. José Bento (de Araújo), infeliz no primeiro ferro, conseguiu pôr um ferro curto que foi outra belleza. Applausos, barvos, amplexos, emfim, enorme ovação aos dous cavalheiros.

Terminou a funcção com a troupe do Pai Paulino. O touro deu bordoada por uma pá velha.

Zé Cabeça e Pai Antonio voaram mais de uma vez, sacudidos pelo bruto. Afinal, Zé Cabeça segurou-o com unhas e dentes. E o publico festejou-o e sahiu para jantar, alegre e satisfeito.

In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 8 de Novembro de 1898

30 DE OUTUBRO DE 1898 - RIO DE JANEIRO: UMA TOURADA DIFERENTE...

 


SPORT

TOURADAS

A tourada de domingo proximo, em beneficio do ousado cavalleiro A. Raposo, promette ser uma das melhores da epoca. 

O programma é organisado com todas as attracções; entre ellas figura a de um touro para ser picado, em competencia, por José Bento (de Araújo), Tinoco e o beneficiado.



In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 27 de Outubro de 1898

NOTA

A realização da festa artística de Adelino Raposo acabaria por ser adiada para dia 6 de Novembro por causa da chuva.



8 DE SETEMBRO DE 1892 - PARIS: SUCESSO GERAL

 
Bibliothèque nationale de France

COURRIER DES THÉATRES

Beaucoup de monde hier aux Arènes de la rue Pergolèse; le jeudi est le jour select pour les courses de taureaux. Celles d'hier ont été très émouvantes. On a fait un vif succès à Remisio Frutos (Ojitos) et à José Martinez (Frutos).

Les banderilleros et picadores ont été aussi très applaudis.

Quant à Marius Monnier et son brillant quadrille provençal, il a été l'objet d'ovations réitérées.

L'éloge de M. José Bento de Araujo n'est plus à faire: il a eu sa large part de bravos.

In LE PETIT PARISIEN, Paris - 9 de Setembro de 1892

23 DE AGOSTO DE 1891 - PARIS: FRANCO SUCESSO PARA O CAVALEIRO PORTUGUÊS NA PRESENÇA DO REI DA SÉRVIA

 

Bibliothèque nationale de France

COURRIER DES THÉATRES

La 14ème course de taureaux a été donnée hier aux arènes de la rue Pergolèse, devant une assistance de plus de 10,000 spectateurs, parmi lesquels on remarquait le roi de Serbie.


Elle a été l'objet d'une véritable ovation pour José Bento de Araujo, le brillant caballero en plaza, et pour les matadores Bernardo Hierro et Ojeda, ainsi que pour les picadores. Tous, en effet, se sont montrés dignes de leurs succès précédents et ont pu, grâce à d'excellents taureaux, exécuter des passes hardies et difficiles.

Dimanche prochain, 15ème course.

Georges Boyer.

In LE FIGARO, Paris - 24 de Agosto de 1891

18 DE SETEMBRO DE 1898 - RIO DE JANEIRO: 15ª CORRIDA DA ÉPOCA COM "SEÑORITAS TORERAS"

 


In GAZETA DE NOTICIAS, Rio de Janeiro - 15 de Setembro de 1898

17 DE SETEMBRO DE 1893 - MARSELHA: CAVALEIRO JOSÉ BENTO DE ARAÚJO SALVA A HONRA DO CONVENTO


 

Bibliothèque nationale de France

TOROS DE MUERTE

A MARSEILLE

Corrida du 27 août — La direction Richaud qui nous avait déjà donné lors de la corrida de Fabrilo des preuves de son incapacité organisatrice, risquant par cela de compromettre une journée taurine qui ne doit son succès qu'aux estocades intelligentes du matador, vient de se payer, ou plutôt de faire payer au public, une fantaisie dont l'aficion, pourrait bien ressentir les conséquences.

Quant à nous, obéissant à la règle que nous nous sommes imposée, nous ferons toujours une guerre à outrance aux charlatans, qui déploient un luxe d'affiches extraordinaire et usent de tous les artifices de la réclame pour ne donner en définitive que des taureaux vétérans de l'arène au lieu de toros neufs.

Il serait temps que l'on songeât un peu à mettre MM. les empresarios dans l'obligation de tenir leurs engagements et pour cela, le bétail soumis à un contrôle sévère ne devrait paraître dans l'arène qu'après autorisation dûment accordée par l'autorité locale. Nous sommes surpris en l'occurrence de ce que M. le Maire voyant le prix exagéré des places, puisque MM. Richard et Cie avait cru nous prenant sans doute pour des Anglais pouvoir faire payer 3 fr 30 à Marseille, la même corrida qu'on avait payée à Nimes 1 fr 50, n'ait pas pris les garanties nécessaires pour que le public ne soit pas leurré.

Voici le compre tendi qui expliquera les scènes de violence dont les arènes furent le théatre à l'issue de la corrida.

Après un paseo réussi avec carrosse de gala, muletiers etc, la course commence à l'heure indiquée.

Premier taureau PIPO, véritable boeuf, sort au pas et s'arrête à environ 3 mètres du toril. Impossible de le déloger. (Nombreux cris et sifflets.) On lui pose 2 paires 1/2 de banderilles, et après un travail de muleta insignifiant, Manene lui pose au deuxième essai un mauvais simulacre.

Deuxième ESCAMILLO, noir piqué de blanc, de forte encolure. (José) Bento (de Araújo) lui pose 4 rejones, 2 banderilles et une paire (grandes ovations).

On désemboule le taureau et les banderilleros, avec force précautions posent encore une paire et 2 demies. L'animal est de sentido et Gavira s'avance sans confiance. A la première passe, il est saisi, piétiné, mais il se relève sans mal, l'épaulette droite de son costume arrachée. Il prend un simulacre qu'il pose assez bien.

Troisième DOURO, chatain foncé, prend 6 varas des picadors; l'animal peu vigoureux se trouve bientôt aplomado. Il est désemboulé et reçoit une paire et deux demies. Manene prend les trastos et s'avance. Après un travail de muleta précipité, il envoie trop vite un bon pinchazo suivi de 2 autres et une estocade à la media vuelta (puntillero au premier essai), (nombreux sifflets).

Quatrième GARABATO, taureau vicieux, reçoit 2 paires et une demi-paire de banderilles et un simulacre de Gavira.

Cinquième BOLERO, de même couleur que le troisième. (José) Bento (de Araújo) exécute un magnifique travail et pose 4 javelines, 1 banderille et une paire (grandes ovations, musique). Le taureau désemboulé nous revient mou et fuyard; il reçoit 2 paires 1/2 de banderilles. Manene s'avance avec l'estoque et, après avoir passé le taureau sans confiance il lui porte un premier coup, puis une estocade contraire qui le fait agenouiller. Puntillero au deuxième essai.

6º Bittero, sort emboulé pour le travail des Picadors. On est obligé de le rentrer pour lui mettre un emboulage plus solide, car on voit paraître la corne.

Pendant l'opération Gavira discute avec M. Fayot et ne veut pas tuer Bittero prétextant qu'il n'est pas puro.

Cependant le taureau ressort et prend 3 varas pour une chute. Il ne veut plus de la pique et l'on fait rentrer les picadors (protestation).

Après un travail très long, les banderilleros parviennent à lui poser 2 paires 1/2. L'animal est sur la défensive et personne n'ose l'aborder. Gavira s'avance sans confiance et, après 3 passes de muleta de très loin, il porte un bon pinchazo, mais il est saisi, bousculé par le fauve. Gavira se relève et porte un bajonazo et un autre coup, (les cris et les sifflets se succèdent; on jette des pierres et des chaises dans l'arène). De plus en plus décontenancé, le matador envoie un coup en avant et essaye deux fois le descabello. Enfin l'animal finit par s'agenouiller et est achevé au 2ème essai par le puntillero. Les cris et les sifflets redoublent et des spectateurs en viennent aux mains. On jette toujours des chaises. Les bancs sont arrachés et l'on met le feu en plusieurs endroits. La police débordée essaye mais en vain d'éteindre l'incendie. On forme un bûcher dans la piste et on met le feu au pavillon de la musique.

Les toréadors se sauvent poursuivis par le public. On déchire leurs capes de paseo qui se trouvent aux premières et Gavira est même frappé près des réservées. Seul (josé) Bento (de Araújo) se rétire entouré et applaudi.

Nous comprenons l'exaspération du public, mais la foule arraché à son sang-froid, n'aprrécie pas sainement les choses et elle fait retomber trop souvent sur des comparses des responsabilités qui incombent à d'autres personnages. — Certes, les toreros ne furent pas brillants, je le confesse, mais leur tort principal consista dans l'acceptation du combat avec des bêtes rompues aux rius de l'arène. Les coupables sont les directeurs seuls.


RESUMÉ

Les toros: de vrais boeufs de charrette, qui avaient déjà été combattus. Le 1er et le 5ème seuls pouvaient être neufs.

Les espadas: Bien difficiles à juger avec un bétail semblable. Manene a été faible. Gavira a été mauvais, quoique vaillant; ce muchacho en présence de ces toros de sentido a fait peuve par moment d'un grand courage.

Présidence: détestable.

Entrée: supérieure à celle de Fabrilo.

DON LUIS.

In LE TORERO, Paris - 3 de Setembro de 1893